Seminários: Heterogeneidade do ciclo diurno da precipitação na Bacia Amazônica e Modelagem de qualidade do ar na formação do ozônio no futuro

Data

Horário de início

14:00

Local

Aud. Prof. Paulo Benevides Soares – IAG/USP (Rua do Matão, 1226 - Cidade Universitária)

O seminário do Departamento de Ciências Atmosféricas do IAG/USP terá duas apresentações:

"Heterogeneidade do ciclo diurno da precipitação na Bacia Amazônica", com apresentação de Ronald G. Ramírez Nina.

Resumo: A Bacia Amazônica (BA) é caracterizada por apresentar heterogeneidade do ciclo diurno da precipitação ao longo do seu domínio, variando tanto em sua intensidade, momento de ocorrência dos picos de precipitação, assim como sua distribuição diurna. O ciclo diurno da precipitação é caracterizado utilizando dados do produto IMERG (∆t = 0,5h e ∆x = 0,1º) num período de 20 anos. São estudadas as oscilações diurnas e semi-diurnas aplicando análise harmônica e analisadas as métricas da amplitude, fase e taxa de precipitação média horária. Finalmente, é realizada a regionalização do ciclo diurno da precipitação mediante a aplicação da técnica não supervisionada de aprendizado de máquina “K-Means”. Os resultados mostram que a configuração espacial dos “clusters” apresenta uma variação geográfica sazonal, sendo modulada pelo Sistema de Monção da América do Sul. Porém, a sua intensidade e momento de ocorrência dos picos das taxas de precipitação são modulados por fatores locais.  

 

"Modelagem de qualidade do ar na formação do ozônio no futuro (2030) pelas mudanças nas condições meteorológicas baixo os cenários RCP 4.5 e RCP 8.5 em São Paulo", com apresentação de Alejandro H. Delgado Peralta.

Resumo: Neste seminário/webinar, apresentaremos a aplicação do modelo WRF-Chem para analisar a formação de ozônio devido às condições meteorológicas no contexto das mudanças climáticas na Área Metropolitana de São Paulo. O modelo pode explicar os fatores que contribuem na formação secundária do ozônio em áreas urbanas e como pode variar em função do "climate penalty", ou seja mantendo as emissões antrópicas constantes e alterando somente as condições meteorológicas devido ao impacto das mudanças climáticas. Como mensagem das conclusões do trabalho, temos que nem sempre o pior cenário é o pior quando olhamos os resultados por mês.

 

Haverá transmissão pelo canal do Departamento de Ciências Atmosféricas: https://www.youtube.com/@AtmosferaIAGUSP/live