Determinação da Estrutura de Resistividade Elétrica da Crosta e Manto Litosférico entre o Maciço de Goiás e o Cráton Amazônico.

Autor Alanna C. Dutra,Alanna C. Dutra,Alanna C. Dutra
Autores Dutra, A.C.
Resumo

Um estudo Magnetotelúrico foi conduzido com o principal objetivo de detalhar uma intensa anomalia de condutividade elétrica que acompanha as margens sul e sudeste do cráton Amazônico denominada Paraguay-Araguaia Conductivity Anomaly (PACA) e obter sua localização horizontal e vertical exata, correlacionando tal condutor com rochas e estruturas expostas ou inferidas geofisicamente. A transeção de MT de aproximadamente 200 km de comprimento compreende 18 estações de sondagem electromagnética de banda larga espaçadas de aproximadamente 8 km e teve início na borda leste do Cráton Amazônico cruzando a Faixa Araguaia, o Arco Magmático de Goiás, o Maciço de Goiás localizado geograficamente entre longitudes de 52,5 W a 49,2 W e latitudes de 12,6 S a 14,4 S). Após as análises de dimensionalidade, o conjunto de dados MT foi interpretado usando ambos os procedimentos de inversão 2-D e 3D obtendo a estrutura de resistividade elétrica da superfície até 100 km. A interpretação conjunta foi realizada utilizando os modos TE e TM, uma vez que o primeiro fornece informações sobre variações de resistividade em profundidade, enquanto o segundo mapeia as transições laterais. A borda do cráton Amazônico tem seu limite eletricamente definido por uma transição lateral da litosfera. Acima do cráton aparecem anomalias condutivas da crosta média e a crosta superior mais resistiva interpretadas como a Faixa Araguaia. A leste desta região foi imageada uma zona resistiva de 70 a 80 km de espessura, 60 km de largura e inclinada. Após as análises de dimensionalidade, o conjunto de dados MT foi interpretado usando ambos os procedimentos de inversão 2-D. Confinado entre a Faixa Araguaia e o Arco Magmático de Goiás, ocorre uma região predominantemente resistiva de formato arredondado. Esta zona se propaga em subsuperfície até a profundidade de 60 km próximo. A oeste do perfil, uma zona fortemente resistiva é limitada por um contato lateral com uma zona condutora. Esta zona resistiva parece se estender a grandes profundidades, maiores que 20 km. As anomalias de condutividade estão localizadas em uma faixa de profundidade de cerca de 15 a 25 km, em cima de um grande resistor vertical localizado na faixa de profundidade de cerca de 20 a 70 km. A parte final deste perfil é marcada pela presença de uma zona fortemente resistiva limitada por um contato vertical com uma zona condutora. A anomalia de condutividade está localizada na faixa de profundidade de cerca de 10 a 40 km, com uma forma arredondada, informações precisas sobre os limites da região norte do PACA, com 50 km de espessura que pode indicar processos de metamorfismo de rochas sedimentares grafíticas ou sulfídicas formadas em um ambiente oceânico durante uma colisão, através de processos de subducção de placas e fechamento oceânico.

Programa Geofísica
Ano de publicação 2019
Tipo de publicação Artigo publicado em congresso
Nome da revista/jornal XVI Simpósio de Geologia do Centro Oeste, IV Workshop do SW do Cráton Amazônico, I Workshop do Lineamento Transbrasiliano. Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP). Sociedade Brasileira de Geologia Núcleo Centro-Oeste.
Localidade Publicação Nacional
Volume 1
Página inicial 46
Página final 46