Modelagem gravimétrica direta 2D do Greenstone Belt Rio das Velhas na Região de Pitangui

Autor Caio Alencar de Matos,Caio Alencar de Matos,Caio Alencar de Matos,Caio Alencar de Matos
Autores Matos, C.A.
Resumo

O Greenstone Belt que aflora a noroeste do Quadrilátero Ferrífero, nos arredores das cidades Pitangui e Pará de Minas (MG), é correlacionado ao Supergrupo Rio das Velhas. Essa região abrange, além dessa sequência, os embasamentos gnáissicos-migmatíticos representados pelos complexos Belo Horizonte e Divinópolis (arqueanos) e granitos intrusivos (neoarqueanos). Essas unidades estão encobertas por sedimentos paleoproterozoicos (Formação Fazenda Tapera) e pela bacia neoproterozoica relacionada ao Grupo Bambuí. O presente trabalho apresenta os resultados preliminares da modelagem gravimétrica 2D, que tem como objetivo entender a arquitetura e a compartimentação tectônica do greenstone belt nessa região. As estações gravimétricas foram cedidas pelo Banco Nacional de Dados Gravimétricos (BNDG-ANP). Novas campanhas de campo para aquisição de perfis gravimétricos foram realizadas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM). A modelagem gravimétrica foi desenvolvida integrando os dados de geologia de superfície, petrofísica e principalmente seções sísmicas existentes na região. No trabalho de modelagem foram consideradas 4 tipos de camadas: I) camada com densidade de 2.900 kg/m3 , representando a sequência com predomínio as rochas máficas (greenstone); II) camada com densidade de 2.810 kg/m3 , representado por rochas metassedimentares e rochas máficas subordinadas (greenstone); III) camadas com densidade de 2780kg/m3 , essencialmente compostas por metassedimentos (greenstone ou paleoproterozoico) e IV) camada com densidade de 2.800 kg/m3 , referente as rochas sedimentares (dolomitos) do Grupo Bambuí. Ademais foi considerado o embasamento gnáissico, com densidade média de 2730kg/m3 e granitos intrusivos, entre 2.730 e 2.750 kg/m3 . O primeiro modelo, Perfil Norte-Sísmica, foi realizado sobre uma linha sísmica existente, localizada próxima à cidade de Pompéu, a norte de Pitangui, a qual serviu de base para o desenvolvimento dos trabalhos de modelagem gravimétrica. Nessa região o greenstone não é aflorante, pois está encoberto pelo Grupo Bambuí com espessura de, aproximadamente,1 km. Informação essa retirada da linha sísmica (refletores). Essa modelagem mostrou que o greenstone está estruturado como uma calha sinformal, denominado anteriormente de Sinclinório Pitangui, com profundidade máxima de 4,7 km na sua porção central e espessura de 3,4 km, considerando que o topo está à profundidade de 1,3 km. Pelo modelo gravimétrico a extensão lateral é da ordem de 30 km. A outra modelagem, perfil Conceição do Pará, realizada onde o greenstone belt é recoberto apenas em parte pelo Grupo Bambuí, revela variações significantes na geometria e na arquitetura da calha. O modelo mostra um greenstone com extensão lateral de 50 km e mesma profundidade máxima. A espessura máxima é de 4,3 km. Observa-se que em direção a sul a calha sinformal apresenta assimetria para oeste Este modelo mostrou grandes variações no topo da camada das rochas máficas, que são condizentes com a tectônica. O modelo gravimétrico do Perfil Norte-Sísmica não apresentou uma variação tão expressiva no topo das máficas, o que pode ser explicado por uma ausência deste tipo de tectônica ou em função do espaçamento das estações, de 2 a 3 km no perfil Norte-Símico, comparado ao 1 km do Perfil Conceição do Pará. O presente trabalhou conseguiu apontar uma possível continuidade do greenstone em áreas onde ele não é aflorante. Também estimou a geometria e profundidade, em 2D, da calha do Greenstone.

Programa Geofísica
Ano de publicação 2019
Tipo de publicação Artigo publicado em congresso
Nome da revista/jornal Anais XVII SNET XI SSBG 2019
Localidade Publicação Nacional
Volume 1
Página inicial 204
Página final 204
Página web https://snet-ssbg-2019.com.br/anais-snet-ssbg-2019