Análise de dados magnetotelúricos na região Norte/nordeste da Bacia do Paraná
Autor | Jorge Alberto Tapias Simanca |
Orientador | Mauricio Bologna |
Tipo de programa | Mestrado |
Ano da defesa | 2015 |
Palavras chave | Magnetotelúrica, Resistividade elétrica, Litosfera, Bacia do Paraná. |
Departamento | Geofísica |
Resumo | Neste trabalho, a estrutura profunda da parte norte/nordeste da Bacia do Paraná foi investigada através da análise de um perfil magnetotelúrico (MT) de direção geral NE-SW consistindo de um conjunto de 26 estações MT de banda larga (períodos de 0.001 a 400 s) separadas entre si por 13 km em média. Este trabalho é uma continuação do trabalho de Bologna et al. (2013) que analisaram um perfil MT na região de Aporé, cerca de 80 km ao suloeste do perfil deste trabalho. O perfil atravessa varias feições geofísicas. A extremidade sudoeste do perfil (próxima á cidade de Serranópolis) cruza um baixo gravimétrico com orientação N-S. Ao oeste, outro baixo gravimétrico similar tem sido interpretado como devido a um gráben soterrado sob as sequências sedimentares da bacia a uma profundidade média de 3 km e de direção geral norte-sul. Rumo ao nordeste, o perfil atravessa um importante gradiente gravimétrico linear que, na região de Goiás, ao norte da área de estudo, coincide espacialmente com o Arco Magmático de Goiás. Atravessando o gradiente gravimétrico, o perfil adentra nas rochas metassedimentares da Faixa Brasília. Seu término é próximo da cidade de Goiânia. Em geral, este trabalho confirma a relação entre resistividade e anomalias gravimétricas observadas em Bologna et al. (2013). O extremo SW do perfil deste estudo está situado no alto gravimétrico no qual o trabalho anterior modela como sendo uma litosfera resistiva, sobretudo na crosta inferior. No modelo desta dissertação a crosta se mostra altamente resistiva com valores de 1500 m e com um manto litosférico resistivo em termos gerais. Na parte central, onde ocorre um baixo gravimétrico, se verifica uma diminuição de resistividade, com valores inferiores a 100 m, similares ao que se observa em Aporé sob o baixo gravimétrico daquela área. Há condutores fortes subverticais na crosta e manto (resistividades menores que 10 m) cuja posição coincide também espacialmente com as bordas do baixo gravimétrico. Fora do baixo gravimétrico, rumo ao NE, a litosfera volta a ficar mais resistiva. No extremo NE do perfil, ao se cruzar o gradiente linear gravimétrico a litosfera torna-se ainda mais resistiva o que sugere ser a extensão para oeste do Crato de São Francisco. O principal resultado deste trabalho mostra que o par de baixos gravimétricos característico desta parte da Bacia do Paraná estão associados a zonas condutivas da crosta e do manto litosférico. Um dos baixos gravimétricos tem sido interpretado como sendo devido a um gráben soterrado no embasamento da bacia. Os resultados desta dissertação, porém, mostram que as anomalias negativas gravimétricas provavelmente estão associadas á fontes mais profundas na litosfera. |
Anexo | d_jorge_a_t_simanca_corrigida.pdf |