Estudo comparativo da atividade do cometa de órbita quase-parabólica C/1977 R1 (Kohler)

Autor Loreany Ferreira de Araújo
Orientador Amaury Augusto de Almeida
Tipo de programa Mestrado
Ano da defesa 2020
Palavras chave astroquímica
cometa Kohler
cometas
Departamento Astronomia
Resumo

O C/1977 R1 (Kohler) foi o cometa mais brilhante de 1977 (Marsden e Green, 1985), detentor de um período extremamente longo, superior a 100.000 anos e, portanto, é considerado o caso de um cometa quase-parabólico. Curiosamente, este objeto não atraiu muita atenção de pesquisadores nos observatórios profissionais. Observações de seu espectro, dispostas na literatura, revelaram a emissão de NH, CN, C2 e, possivelmente, de C3, mas nenhuma emissão de OH, NH2 ou CO+. O contínuo era muito fraco, o que significa que o cometa tem a produção de poeira consideravelmente esgotada. Nesta dissertação, deduzimos semi-empiricamente, utilizando o método descrito por de Almeida et al. (1997), taxas de produção de água e hidroxila, a partir das observações fotométricas obtidas do COBS. Nossos resultados são consistentes com aqueles obtidos a partir de observações do radical em (Crovisier et al., 1981; Despois et al., 1981) e um conjunto concentrado de sete observações realizadas por AHearn et al. (1995), em seu trabalho clássico sobre fotometria de banda estreita em 85 cometas. Determinamos as taxas de liberação de água e concluímos que o cometa possui um raio efetivo da ordem de 3,0 (±1,5) km e um raio nuclear mínimo de 0,9 (±0,45) km. Uma fração de área mínima da superfície ativa da ordem de 10-11% (quase no periélio) no hemisfério iluminado pelo Sol justifica a taxa de produção de água resultante da sublimação no núcleo do cometa. Além disso, estas taxas foram comparadas com a dos compostos presentes no espectro do cometa, tendo resultados que levaram a classificá-lo como esgotado em carbono, discordando de estudos preliminares de AHearn et al. (1985). Como forma de expandir a análise, outros 14 cometas jovens e de longo período, observados pelo satélite SWAN, a bordo da espaçonave SOHO e analisados por Combi et al. (2019), foram incluídos, tendo suas taxas de produção de água comparadas com aquelas do cometa Kohler.

Anexo Dissertacao_final_LFA.pdf