Doutorado: Ambiente molecular e formação estelar associados à bolha infravermelha N10

Data

Horário de início

14:00

Local

Sala 15 do IAG (Rua do Matão, 1226, Cidade Universitária)


Defesa de tese de doutorado
Aluno: Diana Renata Gonçalves Gama
Programa: Astronomia
Título: Ambiente molecular e formação estelar associados à bolha infravermelha N10

Comissão julgadora
Prof. Dr. Jacques Raymond Daniel Lepine - IAG/USP
Prof. Dr. Amaury Augusto de Almeida - IAG/USP
Profa. Dra. Zulema Abraham - IAG/USP
Prof. Dr. Bertrand Andre Lefloch –CNRS-IPAG/França
Prof. Dr. Thiago Signorini Gonçalves –OV-UFRJ/Rio de Janeiro-RJ 
Prof. Dr. Gustavo Amaral Lanfranchi - UNICSUL/São Paulo-SP
 
Resumo
Realizamos um estudo multi-comprimento de onda do ambiente ao redor da bolha infravermelha N10, usando os telescópios PMO 13.7-m, IRAM 30-m, APEX e o arranjo VLA. Bolhas infravermelhas são regiões ideais para investigar o impacto da radiação UV sobre o material molecular. Nosso objeto de estudo é a bolha N10, que apresenta uma região HII em seu interior. Estudos no IV sobre o conteúdo estelar jovem em N10 sugerem um cenário de formação estelar contínua, possivelmente desencadeada, na borda da região HII. Realizamos observações da transição J=1-0 das espécies 12CO e 13CO na direção de N10, utilizando o telescópio PMO 13.7-m. Realizamos também observações com o telescópio IRAM 30-m para investigar moléculas traçadoras de formação estelar. Analisamos as emissões em 24 μm, 8.0 μm, 20 cm e 870 μm a partir de dados da literatura. Duas condensações foram identificadas em 13CO, para as quais estimamos propriedades como dimensão, temperatura, densidade e massa. Calculamos o fluxo de fótons ionizantes e a densidade eletrônica no interior da bolha, e obtivemos o tempo de fragmentação para N10. Estimamos as propriedades físicas para o clump de poeira fria mais denso da bolha. Identificamos YSOs e calculamos os parâmetros dos objetos Classe I. Emissão das transições   HCO+ (1-0), HCN (1-0), SiO (2-1), N2H+ (1-0) e CS (3-2) foram mapeadas. Realizamos também integração profunda na direção do clump mais denso de N10 para investigar sua complexidade química. Os clumps 13CO estão gravitacionalmente ligados, indicando que estes podem formar novas estrelas. A idade dinâmica de N10 é menor do que o tempo de fragmentação estimado, portanto a formação estelar desencadeada deve ocorrer pelo mecanismo "Radiation-Driven Implosion''. A distribuição espacial das espécies moleculares revelaram características de formação estelar em N10. O levantamento de linhas espectrais na direção do clump mais denso mostrou uma grande complexidade química na região, e confirma presença de outflows e atividade de formação estelar em N10.