Defesa de tese de doutorado
Estudante: Israel Augusto Dragone
Programa: Geofísica
Título: “Estudo das estruturas de velocidade sob as bacias do Paraná, Chaco- Paraná e Pantanal”
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Belantani de Bianchi
Comissão Julgadora
- Prof. Dr. Marcelo Belentani de Bianchi - IAG/USP - por videoconferência
- Prof. Dr. Marcelo Sousa de Assumpção - IAG/USP - por videoconferência
- Prof. Dr. Marcelo Peres Rocha - UnB - por videoconferência
- Prof. Dr. Cristobal Condori Quispe – UNSA - por videoconferência
- Dr. Gabriel Negrucci Dragone – pós-doutorando IAG - por videoconferência
Resumo
Este trabalho apresenta uma tomografia de tempo de percurso para a região das bacias do Paraná, Chaco-Paraná e Pantanal utilizando uma base de dados independente e concisa para ondas P combinado três catálogos com dados locais, regionais e telessismos. Desenvolvemos uma ferramenta para quantificar e filtrar a base de dados de acordo com o grau de correlação entre os sismogramas. Na inversão utilizamos um software com menores limitações de geometria que nos permitiu integrar os dados. Realizamos diversos testes sintéticos e avaliamos a densidade dos raios a fim de mensurar os limites de resolução e as regiões de maior e menor confiabilidade em nosso modelo. Em geral a resolução final para anomalias na região do manto superior foi de 250 km. Nos primeiros 100 km observamos anomalias de baixa velocidade coincidentes com intrusões alcalinas do Cretáceo Superior e com zonas que passaram por afinamento litosférico. Comparamos os limites dos blocos cratônicos propostos na literatura com as anomalias de velocidade observadas em 100 km de profundidade. Pela análise das seções verticais observamos que a placa de Nazca sofre alteração de profundidade do Norte para o Sul, ficando estagnada na base, ou logo abaixo, da zona de transição do manto, entre 600 e 800 km na região do flat slab Peruano. Mapeamos a continuidade da placa de Nazca por pelo 1 500 km em direção a costa leste do continente, e observamos gaps na continuidade em concordância com a literatura. A extensão da placa para a porção Norte ainda se mostrou como um desafio devido a diferença na cobertura de raios disponíveis.
Palavras-chave: Tomografia sísmica, bacias intracratônicas, placa de Nazca.