Maré de Fluência: Teoria e Aplicação a Exoplanetas e suas Estrelas

Data

Horário de início

17:00

Local

Auditório IAG, bloco G (Rua do Matão, 1226, Cidade Universitária)

 
Maré de Fluência: Teoria e Aplicação a Exoplanetas e suas Estrelas
 
Sylvio Ferraz Mello
 
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
Universidade de São Paulo
 
 
A teoria da maré de fluência (creep tide) é um novo paradigma no estudo da evolução tidal de corpos celestes. Ela é uma alternativa à teoria clássica de G.H.Darwin que expressa a elasticidade imperfeita dos corpos introduzindo um atraso ad hoc nas deformações. Na nova teoria, ao invés disso, se supõe que a deformação anelástica do corpo resulta de uma fluência Newtoniana inversamente proporcional à viscosidade do corpo e, em cada ponto, proporcional à distância entre a superfície do corpo e uma superfície de equilibrio. A teoria prevê comportamentos e regimes dissipativos diferentes nos dois extremos de viscosidade: em um extremo os planetas gigantes e as estrelas e, no outro, os planetas rochosos e os satélites planetários. A teoria está sendo aplicada à Lua, aos satélites planetários diferenciados, a Mercúrio, às super Terras, aos Jupiteres quentes e às suas estrelas. No caso das estrelas, a evolução da rotação é ditada pela maré da estrela devida a companheiros massivos e à perda de Momento Angular devida ao vento estelar. Alguns exemplos serão mostrados (CoRoT 33, 27 e 2). Os limites de aplicação da girocronologia a estrelas com companheiros massivos próximos serão discutidos.