Mestrado: Ciclones subtropicais e ventos em superfície no sudoeste do Oceano Atlântico Sul: climatologia e extremos

Data

Horário de início

14:00

Local

Auditório P217 do IAG (Rua do Matão, 1226, Cidade Universitária)


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Andressa Andrade Cardoso
Programa: Meteorologia
Título: Ciclones subtropicais e ventos em superfície no sudoeste do Oceano Atlântico Sul: climatologia e extremos

Comissão Julgadora:
Prof(a). Dr(a). Rosmeri Porfírio da Rocha (orientador)
Prof(a). Dr(a). Luiz Felippe Gozzo – UNESP
Prof(a). Dr(a). Natália Pillar – pós-doc IAG
 
Resumo
A velocidade do vento é uma das variáveis meteorológicas com grande impacto para a economia e sociedade, principalmente quando ocorrem eventos extremos. No Oceano Atlântico Sul, mais especificamente na costa do sudeste do Brasil, aumentou nos últimos anos a exploração de petróleo do pré-sal, tornando-se mais relevante conhecer os extremos de vento que afetam a região. Os sistemas transientes impactam na velocidade do vento próximo à superfície, conduzindo muitas vezes a eventos extremos. Desta forma, o objetivo principal desta pesquisa é investigar a relação entre intensidade e extremos de vento com os ciclones subtropicais no leste do sudeste do Brasil. Inicialmente, apresenta-se uma estatística descritiva das observações da velocidade de vento médio diário para nove estações meteorológicas automáticas e cinco boias meteoceanográficas localizadas na costa sudeste do Brasil. Estas observações locais são também usadas para validação das reanálises CFSR e ERA5. Os resultados mostram que, as localidades com maiores correlações para a série temporal diária (entre 0,5 e 0,9) em ambas as reanálises também representam os padrões de média anual e ciclo anual para a velocidade do vento em maior concordância com as observações locais. Na maioria das estações meteorológicas sobre o continente as reanálises superestimam a velocidade, enquanto sobre o oceano subestimam. Considerando todas as localidades, as duas reanálises mostram desempenho semelhante para representar as observações locais. A relação entre ventos e os ciclones subropicais (tanto para a intensidade como para extremos de vento, identificados com o percentil de 95%) é investigada considerando a forma Lagrangeana, ou seja, seguindo os centros dos ciclones, e Euleriana que considera apenas os horários com ciclones subtropicais. Estas análises mostram que os ventos intensos situam-se principalmente à leste da região com maior densidade de ciclones subtropicais. Em termos sazonais, a maior intensidade do vento é observada no verão, seguido do outono. Para extremos de velocidade encontra-se sazonalidade similar, porém com algumas diferenças. No verão, enquanto os maiores valores de intensidade do vento estão à leste da região de maior densidade de ciclones, nos 6 extremos localizam-se na própria região de maior densidade de ciclones. As maiores velocidades do vento no verão são influenciadas pelo gradiente zonal de pressão climatológico e pelos ciclones subtropicais. Por outro lado, no outono os ciclones subtropicais representam a principal influência na intensidade dos extremos de vento, pois nesta estação estes sistemas são mais intensos e organizados.
Palavras-chaves: Ciclone subtropical; vento próximo à superfície; extremo de vento; intensidade do vento;Oceano Atlântico Sul.