Defesa de dissertação de mestrado
Estudante: Hayrton Avelino Monteiro
Programa: Mestrado Profissional em Ensino de Astronomia
Título: “Uma proposta de ensino de tópicos de Astronomia para alunos com deficiência visual, baixa visão e cegueira”
Orientador: Prof. Dr. Enos Picazzio - IAG/USP
Comissão Julgadora
Presidente da banca: Prof. Dr. Enos Picazzio - IAG/USP
Banca examinadora:
- Prof. Dr. Rodolfo Langhi – UNESP – por videoconferência
- Profa. Dra. Vera Aparecida Fernandes Martin - UEFS– por videoconferência
- Prof. Dr. Fábio Matos Rodrigues - Universidade Federal do Tocantins– por videoconferência
Resumo: Uma proposta de ensino de tópicos de Astronomia para alunos com deficiência visual, baixa visão e cegueira. 2024. Dissertação (Mestrado em Astronomia na Educação Básica) – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024. A Astronomia se destaca dentre as ciências naturais por ter contribuído fortemente para o desenvolvimento das demais ciências, tais como Matemática, Física, Química, Geologia, Geofísica, Meteorologia, Astronáutica e outras. É plausível admitir que desde os primórdios os hominídeos se preocupavam com a alimentação e as estações sazonais, porque dependiam de recursos naturais e das condições climáticas do meio. Mesmo os nômades precisavam de meios para se orientarem e, de certa forma, o céu era o mapa global de orientação. Mas, esse guia astral mudava a aparência no decorrer do ano, era diferente nas estações sazonais, as estrelas visíveis que cruzavam o céu noturno não eram as mesmas. Há pelo menos 12.000 anos o homem deixou de ser caçador-coletor e passou a prover parte da sua alimentação iniciando assim a agricultura, cujo êxito dependia fortemente do conhecimento dos períodos favoráveis ao plantio e, até mesmo, à caça. Era preciso saber a melhor época da semeadura, das necessidades do crescimento (água, luz, temperatura) e da colheita. Monitorar o movimento aparente das estrelas e dos planetas era a maneira mais eficiente para monitorar as condições meteorológicas do momento (também referida como tempo), fundamental para a agricultura, os rituais religiosos e a navegação. Os registros mais antigos de observações astronômicas sistemáticas parecem pertencer aos assírio-babilônios, por volta de 1200 a. C. O objetivo deste projeto é promover a inclusão dos alunos cegos e/ou alunos com baixa visão no ensino de Astronomia. O interesse pelo tema de corre da grande dificuldade dos professores em terem a sua disposição materiais táteis para alunos portadores de baixa visão e/ou alunos cegos, no caso no ensino de Astronomia. A elaboração desse Produto Educacional tem por finalidade fornecer ao professor e aos alunos cegos condições para o estudo de Astronomia. Para tanto os recursos didático/pedagógico que serão oferecidos são materiais debaixo custo e ao mesmo tempo esses materiais deverão fazer parte integrante dos recursos já disponíveis e normalmente usados nas aulas com esses alunos. O que se pretende com esta iniciativa é agregar recursos táteis sonoros que poderão tornar mais eficiente o ensino de tópicos de Astronomia, tanto para alunos cegos como para alunos videntes No ensino das ciências naturais e, no caso particular, da Astronomia para pessoas cegas ou com baixa visão, os recursos de aprendizagem são raros, quando não inexistentes, dificultando muito o trabalho do professor, levando-o a uma situação angustiante por ter de ministrar uma aula verbalizada para uma sala de aula de alunos normais, mesmo sabendo da existência de aluno com deficiência visual. Nessa situação, o aluno especial (cego/baixa visão) praticamente passa despercebido, não se sente incluído em sua turma, mesmo quando o professor se esforça em criar meios para facilitar a participação mais ativa e atrativa dos alunos cegos e com baixa visão.
Palavras- chave: Cegueira; baixa visão; inclusão; som.