Cenários de urbanização e seus impactos nas variáveis atmosféricas que contribuem para formação de ilha urbana de calor na Região Metropolitana de São Paulo

Autor Luana Ribeiro Macedo
Orientador Edmilson Dias de Freitas
Tipo de programa Doutorado
Ano da defesa 2021
Palavras chave
BRAMS
Ilha Urbana de Calor
RMSP
uso do solo urbano
Departamento Ciências Atmosféricas
Resumo

O crescimento populacional, associado a dinâmica do processo de urbanização, fez com que várias cidades se desenvolvessem sem um planejamento urbano adequado, causando, assim, mudanças no uso do solo que afetam as propriedades físicas da superfície, bem como as condições climáticas locais e das regiões circunvizinhas. As alterações na superfície proporcionam a formação de um clima próprio, denominado Clima Urbano. Por isso, o objetivo deste trabalho é analisar, através da modelagem numérica, alguns processos de formação da Ilha urbana de Calor (IUC) sobre a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e suas influências sobre o microclima local, considerando as condições atuais e o novo cenário de urbanização, decorrente do Plano Diretor Estratégico (PDE), que prioriza a verticalização de algumas regiões do Estado de São Paulo. Para o estudo foi desenvolvido um mapa de uso e ocupação do solo urbano para a RMSP, considerando as diferenças nas alturas dos edifícios. Utilizando o mapa de uso e ocupação do solo foram alteradas algumas rotinas do código na versão 4.2 do modelo BRAMS, logo foram realizadas simulações, onde os resultados apresentaram uma melhor representação da atmosfera urbana, principalmente em relação ao ciclo diurno da temperatura do ar e da umidade relativa. Os testes estatísticos apresentaram correlações de até 0,9 para o ciclo diurno da temperatura. Em seguida, foram analisados os fluxos de calor que contribuem para o processo de formação das IUC, que nas simulações em que houve um melhor detalhamento das características do solo apresentou um aumento no fluxo de calor sensível e uma redução de até 100 W.m-2 para o fluxo de calor latente. A verticalização da mancha urbana apresentou diferenças menores que as esperadas para a temperatura, quando comparadas à simulação controle. Esses valores tão pequenos podem ser uma consequência do fato de não ter sido realizado um ajuste nas contribuições das fontes de calor antropogênico.

Anexo Macedo_2020_vf_Corrigida.pdf