Efeitos da vegetação sobre os termos do balanço de energia em áreas urbanas

Autor Marcos Vinicius Bueno de Morais
Orientador Edmilson Dias de Freitas
Tipo de programa Doutorado
Ano da defesa 2014
Palavras chave BRAMS, vegetação urbana, balanço de energia, fator de visão do céu
Departamento Ciências Atmosféricas
Resumo

Neste trabalho é apresentada uma análise do impacto da cobertura vegetal e da caracterização das propriedades da superfície urbana na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Para isto, foi introduzido no modelo de interação dossel urbano – atmosfera TEB (Town Energy Bugdet), acoplado ao BRAMS, uma metodologia de ponderação dos fluxos turbulentos a fim de considerar a vegetação nas áreas urbanas. Analisando os índices estatísticos com base em dados modelados e observados, verificou-se que o modelo forneceu uma melhor representação das variáveis atmosféricas. A partir disto, foram realizados testes de sensibilidade alterando parâmetros da superfície, razão geométrica, NDVI e tipo de vegetação. Os resultados foram comparados com uma simulação controle, através da análise no efeito da Ilha de Calor Urbana (ICU) e do conforto térmico humano para ambientes externos. Em ambos os casos, pequenas alterações nas características dinâmicas e termodinâmicas das superfícies e da vegetação podem contribuir para uma redução da ICU e alterar a sensação térmica percebida pelas pessoas. Além destes testes numéricos, um trabalho de campo utilizando uma câmera digital e lente do tipo olho-de-peixe foi realizado para obter o Fator de Visão do Céu (FVC) em pontos de regiões urbanas com características similares, obtidas através da análise de imagens de satélites. O FVC pode ser utilizado para caracterizar a estrutura e os elementos urbanos de uma região. Os valores obtidos foram bastante diferentes daqueles calculados com a álgebra do fator de forma, e a inserção destes dados no modelo numérico contribuiu para uma melhora nos índices estatísticos obtidos das comparações entre valores simulados e observados das variáveis atmosféricas próximas à superfície.

Anexo t_marcos_v_b_morais_corrigida.pdf