Modelagem da formação de aerossóis atmosféricos na Região Metropolitana de São Paulo
Autor | Angel Liduvino Vara Vela |
Orientador | Maria de Fatima Andrade |
Tipo de programa | Doutorado |
Ano da defesa | 2018 |
Palavras chave | aerossóis atmosféricos, modelo WRF-Chem |
Departamento | Ciências Atmosféricas |
Resumo | Atualmente, megacidades ao redor do mundo enfrentam problemas de qualidade do ar, especialmente aqueles relacionados ao controle de poluentes secundários como o ozônio troposférico (O3), mas principalmente partículas finas (PM2.5; ≤ 2:5µm em diâmetro). As partículas finas têm impactos significativos na saúde humana bem como no clima, através das mudanças climáticas. O entendimento da evolução destas partículas na atmosfera requer a descrição de suas fontes de emissão e também dos processos físico-químicos envolvidos na sua formação, crescimento e remoção. Neste estudo, o modelo Weather Research and Forecasting with Chemistry (WRF-Chem), um sistema de modelagem atmosférica estado-da-arte, juntamente com dados coletados durante duas campanhas experimentais realizadas em 2012 e 2014 no âmbito do projeto Narrowing the Uncertainties on Aerosol and Climate Change in São Paulo State (NUANCE-SPS, projeto temático FAPESP), foram usados para analisar as principais propriedades do aerossol atmosférico na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), no sudeste do Brasil, onde mudanças na composição e no consumo dos combustíveis têm afetado a evolução da concentração de poluentes. A aplicação combinada de dados experimentais e simulações numéricas com o WRF-Chem permitiu a representação de algumas das propriedades mais importantes do aerossol atmosférico como concentração do número de partículas e ativação de núcleos de condensação de nuvens, assim como a avaliação da contribuição de fontes antropogênicas e de queimadas na concentração do PM2.5. Por exemplo, fontes de queimadas contribuíram em até 20 % das concentrações base do número de partículas e de núcleos de condensação de nuvens sobre a RMSP (2300 cm-3 e 1400 cm-3, respectivamente). Os resultados indicam o potencial impacto das queimadas na qualidade do ar na RMSP, e enfatizam a necessidade de aprimoramentos nos modelos de emissão de aerossol, visando reduzir incertezas nas previsões do modelo.
|
Anexo | t_angel_l_v_vela_corrigida.pdf |