Defesa de tese de doutorado
Estudante: Marina Fernandes Sanches Barros
Programa: Geofísica
Título: “Aplicação Integrada de Métodos Geoelétricos para Aprimoramento do Modelo Conceitual de Áreas Contaminadas”
Orientador: Prof. Dr. Vagner Roberto Elis
Comissão Julgadora
- Prof. Dr. Vagner Roberto Elis - IAG
- Prof. Dr. Jorge Luis Porsani - IAG
- Prof. Dr. Cesar Augusto Moreira - UNESP Rio Claro (por videoconferência)
- Profa. Dra. Alice Marques Pereira Lau – UFBA (por videoconferência)
- Prof. Dr. Sergio Junior da Silva Fachin – UFMT (por videoconferência)
Resumo
A contaminação do subsolo, resultante de resíduos domésticos, industriais e derramamentos de hidrocarbonetos, é um problema crítico que demanda monitoramento contínuo e estratégias de remediação para preservar os reservatórios de água subterrânea. Métodos invasivos, como sondagens, oferecem precisão, mas apresentam altos custos e são pontuais. Em contrapartida, técnicas geofísicas não invasivas, como resistividade e polarização induzida (IP), destacam- se por sua ampla cobertura e rápida aquisição de dados. A integração desses métodos é essencial para a construção de Modelos Conceituais de Área, que consolidam informações fundamentais para embasar decisões de manejo ambiental. Este estudo investiga a eficácia dos métodos geoelétricos em ambientes heterogêneos e urbanizados, avaliando a evolução de plumas de contaminação e explorando sua aplicabilidade em diferentes contextos. Três áreas foram investigadas, cada uma com características e desafios específicos. A primeira área, localizada em uma região urbana de São Paulo, apresenta contaminação por tetracloroeteno (PCE) e está submetida a processos de remediação, como oxidação química, que alteram a assinatura geoelétrica do local. O método resistivo capacitivo revelou-se particularmente eficaz nessa área, devido à sua capacidade de operação em superfícies pavimentadas, sem a necessidade de cravar eletrodos. Na segunda área, situada em um aterro sanitário em Bauru, o método resistivo capacitivo foi empregado de forma ágil, permitindo a realização de análises químicas com intervalos mais espaçados, sem comprometer a qualidade do monitoramento. Por fim, a terceira área, localizada no bairro do Jaguaré, foi analisada tanto em campo quanto em laboratório, utilizando os métodos de resistividade e polarização induzida (IP). Os resultados evidenciaram variações nas assinaturas geoelétricas em função da concentração de contaminantes e dos processos de biodegradação ao longo do tempo. Esses estudos contribuíram significativamente para o aprimoramento dos Modelos Conceituais de Área, fornecendo uma base sólida para a compreensão e gestão ambiental de cada região investigada.
Palavras-chave: Resistividade, Polarização Induzida, Modelo Conceitual de área